terça-feira, 17 de julho de 2012

Prefiro Lápis

Não gosto de canetas.
Sua escrita é forte, não-apagável.
São imponentes, inspiram contendas e têm marca veemente.

Prefiro um simples lápis; ponta cinza e frágil que exige cautela.

Sua impressão sobre o papel é suave.
Sua cor é singular, não é forte pra gravar definitivamente,
pode se dizer que sua marca é frágil, mesmo assim sua impressão
não dá para se deixar passar despercebida.

Prefiro o lápis, como a mais adequada ponte entre a imaginação e o papel  
e o mais belo e simples instrumento,
para qualquer arte.





quinta-feira, 12 de julho de 2012

Duvido depois partirei

Duvidei do padeiro,
duvido dos meus professores,
duvido dos meus pais,
duvido do livro que leio e ainda assim
duvidarei ainda do meu incerto e informe futuro.

Me pergunto continuamente qual o rumo para a felicidade.

Será ela uma cidade, de noites longas e muita diversão;
de doces e demorados sonhos sobre um macio colchão;
um belo lugar onde não exista solidão.

Talvez tome o rumo para essa cidade. 

É vou partir de onde estou
aposentarei sobre esse velho lugar meus momentos de tédio e monotonia,
recuperarei o que me resta da lindeza de um simples e belo DIA.

Ateando Fogo

Coloquei uma bomba na minha casa
Comecei a explodir meu chão,
Estou destruindo os quadros da minha parede,
Ateando fogo no meu guarda-roupa, nas minhas velhas coisas
Deixei meus velhos papéis  carbonizarem diante de mim.



Fechei-me em meu quarto, estou ouvindo o chamuscar das coisas se desfazendo,
elas estão se perdendo em meio as chamas.
Estão reduzidas a fuligem.



Paredes negras,
fios soltos e descascados,
e só essa escura neblina
que é a nova paisagem dos meus pensamentos.